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Valorizando Mulheres na Ciência: Projeto de implantação da Ferrovia Estadual celebra o Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência | Rumo

Valorizando Mulheres na Ciência: Projeto de implantação da Ferrovia Estadual celebra o Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência


No dia 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional da Menina e Mulher na Ciência, uma oportunidade para destacar a importância da participação e representatividade de mulheres na ciência e tecnologia. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015, com o objetivo de chamar atenção para a necessidade de mais equidade de gênero na ciência, além de encorajar meninas e mulheres a seguirem carreiras nesse campo.

Aqui na Rumo as mulheres também estão à frente de funções importantes para a construção da ferrovia estadual de Mato Grosso.
São profissionais responsáveis por avanços importantes na ciência e tecnologia ao longo dessa história e que atuam no projeto de construção da Ferrovia Estadual.
Temos a Paula, a Fernanda, a Telmize e tantas outras.
Paula Tagliari é mestre em Ciências Florestais e atual Gerente de Meio Ambiente do Projeto, Fernanda Abra é bióloga e sócia fundadora da ViaFAUNA cujo trabalho é fundamental para o manejo e gestão de fauna em nosso empreendimento e outra cientista notável é a doutora em Botânica, Temilze Duarte, que além de coordenar a parceria entre Rumo e o Herbário da Universidade Federal de Mato Grosso em Cuiabá, tem feito um importante trabalho sobre Inventários da Flora e Vegetação, principalmente dos biomas de Mato Grosso. 

Vamos contar um pouco mais sobre a carreira que elas estão trilhando. 

Paula Tagliari, atua na Gestão de Meio Ambiente do Projeto, e compartilhou seu conselho para jovens mulheres que desejam seguir carreira na ciência, com olhar voltado para a Ferrovia. “O trabalho para construir e operar uma ferrovia requer multidisciplinaridade, muita persistência e uma atuação colaborativa de todas as áreas. Então, o conselho que eu daria, seria para, a partir da escolha da área de atuação (meio ambiente, engenharia, economia, administração, jurídico, governança…), estudar e se dedicar com absoluto foco no intuito de buscar a melhor entrega em prol do projeto. Ter uma visão de futuro com planejamento e entregas constantes, superando os obstáculos”.

Paula conta também qual foi o momento mais gratificante e emocionante da sua carreira até agora no Projeto. “Ter conseguido estabelecer uma relação de abertura e confiança junto ao órgão licenciador da Ferrovia Estadual com a demonstração da nossa capacidade técnica. Com isso, conseguimos grande dinamicidade nos nossos processos”.

Para ela, a presença cada vez maior das mulheres na ciência é fundamental. “Iniciativas que visam incentivar e capacitar mulheres para cargos de liderança na ciência serão cruciais. O aumento da presença feminina em posições de influência pode levar a uma mudança cultural mais ampla, promovendo a diversidade e a igualdade de oportunidades. O futuro da ciência ideal envolveria uma comunidade científica mais diversificada e inclusiva, na qual as mulheres desempenham um papel significativo e têm igualdade de oportunidades em todas as áreas. Aqui no Projeto de implantação da Ferrovia Estadual, o time de Gestão Socioambiental foi pensado com uma formação diversa e nossa atuação busca o crescimento contínuo e conjunto de todos da equipe, de maneira igualitária”.

A Bióloga Fernanda Abra fala da ciência em relação a fauna e ao projeto:

“A aplicação da ciência e pesquisa no projeto é essencial. Esse é um empreendimento que já está nascendo com um olhar de sustentabilidade ambiental, especialmente para a fauna. A ciência tem sido primordial para guiar o empreendimento a ter medidas de mitigação para reduzir ao máximo a mortalidade de animais na ferrovia ao longo de sua implantação e operação”, pontua Fernanda.

Diz que o maior desafio que já superou como mulher na Ciência. “Foi implementar um projeto de pesquisa e conservação aplicada para fauna silvestre na Amazônia – o Projeto Reconecta. Superei os obstáculos com muito trabalho, técnica e respeito pelas pessoas que vivem nesse bioma tão especial do Brasil. Contornei algumas situações de machismo e conquistei espaço em uma área de trabalho da biologia que é dominada por homens” 

Ela também fala sobre o papel das mulheres na ciência atualmente e quais são as mudanças que ainda precisam acontecer para que a equidade de gênero neste campo seja alcançada. “As mulheres já estão liderando muitas áreas do conhecimento científico. Falta muito trabalho e conquista de mais espaços para que as oportunidades sejam iguais. Apesar de tudo, estamos crescendo, nos desenvolvimentos e ocupando nossos espaços com nossas carreiras. O futuro é muito empolgante para as mulheres na ciência”, conclui a Bióloga e sócia fundadora da ViaFAUNA.

Temilze Gomes Duarte, doutora em Botânica e docente de Ensino Superior, conta mais sobre as instituições e como a sociedade pode apoiar e promover a equidade de gênero na ciência. “Acredito que para mudar a situação da desigualdade de gênero são necessárias mudanças na base do problema, como o fortalecimento e valorização da educação que refletirá na formação dos cidadãos”. 

Ela revela quais são as mulheres que mais a inspiram. “Algumas mulheres cientistas são inspiradoras como a Botânica, Sul-mato-grossense, Dra. Graziela Maciel Barroso, que fez o curso de Biologia, após ficar viúva e defendeu o doutorado aos 60 anos. Foi uma cientista brilhante e inspiradora”. Temilze finaliza a entrevista com um recado para as mulheres que desejam seguir carreira na ciência.
“Sejam determinadas, não desistam, mesmo com os grandes desafios no mundo profissional e a necessidade de conciliar com a vida familiar.” 

Paula Tagliari, durante trabalho de campo.

Fernanda Abra, durante mapeamento de fauna.

Temilze Duarte e Ana Kelly Koch, também docente da UFMT em Cuiabá.